Um olhar crítico sobre os desvios políticos, econômicos e institucionais no cenário brasileiro.
Por Dr. Olegario Indemburgo Rocha
Nos últimos tempos, temos presenciado a utilização de narrativas que mais parecem estratégias para desviar a atenção das crises reais enfrentadas pelo Brasil. Um exemplo emblemático é a recente tentativa de justificar a decretação de prisões preventivas em inquéritos já concluídos e enviados à Procuradoria-Geral da República (PGR). Tal prática não apenas levanta dúvidas quanto à sua legalidade, mas também parece ser uma manobra para encobrir problemas mais profundos, como a inflação alta, gastos excessivos do governo e uma crescente crise ética e moral.
A crise ética torna-se ainda mais evidente diante de episódios como as indicações de familiares de governadores para cargos vitalícios, escândalos de assédio envolvendo ministros e gastos exorbitantes da primeira-dama, Janja, que chocam a população. Além disso, a corrupção parece ter retomado protagonismo, com empresas como a Petrobras registrando prejuízos novamente e o rombo nas contas públicas se ampliando. Esses fatos não apenas comprometem a confiança nas instituições, mas também acendem um alerta sobre a condução do atual governo.
Outro ponto preocupante é o desvio de funções dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A atuação de juízes fora dos processos judiciais, opinando sobre questões alheias às suas competências, fere gravemente o princípio da separação dos poderes, garantido pela Constituição. Esses excessos comprometem a estabilidade institucional e minam a credibilidade do próprio Judiciário, que deveria ser um bastião de imparcialidade e respeito às leis.
Simultaneamente, vivemos tempos de polarização, onde opiniões contrárias à narrativa dominante são rapidamente rotuladas de forma pejorativa. Termos como “fascista” e “nazista” são usados de forma leviana, muitas vezes por aqueles que desconhecem seus reais significados. Essa tentativa de silenciar vozes dissonantes é um reflexo do medo da esquerda progressista diante do crescimento significativo da direita em âmbito global, que tem desafiado o status quo e despertado um novo debate sobre valores conservadores.
Diante desse cenário, é fundamental que a sociedade brasileira permaneça vigilante e ativa na defesa de seus direitos e da democracia. O debate político deve ser pautado em argumentos sólidos, com respeito às divergências e compromisso com a verdade. Só assim será possível superar os desafios atuais e construir um Brasil mais justo, transparente e democrático. Como sempre, acredito que o bem prevalecerá.