Portal Goiás
  • Início
  • Política
  • Economia
  • Esporte
  • Justiça
  • Goiás
  • Brasil
  • Entrar
Sem resultados
Ver todos os resultados
Portal Goiás
Sem resultados
Ver todos os resultados
Início Economia

Brasileiro pode ter que trabalhar mais dias em 2024 para custear aumento de ICMS e de gastos federais, diz presidente do IBPT

Portal Goiás Notícias Por Portal Goiás Notícias
24 de janeiro de 2024
em Economia
0
Share on FacebookShare on Twitter

Dez estados e o Distrito Federal subiram ou vão subir o imposto estadual este ano. Especialistas projetam mais inflação e criticam justificativa dos estados para aumento de ICMS com base na reforma tributária.

Foto: Vecstock/Freepik

Related posts

Anápolis prorroga IPTU com desconto de até 15% para pagamento até 30 de abril

13 de abril de 2025

Genial/Quaest: 56% dos brasileiros consideram que economia do país piorou nos últimos 12 meses

3 de abril de 2025

Presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Olenike disse ao Brasil 61 que o aumento das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em vários estados do país pode elevar o tempo que os brasileiros trabalham apenas para pagar tributos no ano. 

Desde este mês, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Tocantins, Rondônia e Distrito Federal praticam alíquotas de ICMS superiores às do ano passado. Até abril, Bahia, Maranhão, Paraná, Rio de Janeiro e Goiás também irão subir o imposto. 

Em 2023, de acordo com o IBPT, o cidadão teve que trabalhar, em média, 147 dias – quase cinco meses – para pagar todos os tributos aos cofres públicos. Segundo Olenike, o crescimento do gasto público federal e as revisões para cima dos impostos estaduais podem pressionar ainda mais a renda das famílias brasileiras. 

“O governo que entrou abriu as portas dos cofres e gastou tudo o que podia e o que não podia. Em um ano a gente tem um déficit enorme. Para poder compensar esse enorme rombo no orçamento, estão botando a mão no bolso do contribuinte. O governo estadual está indo na mesma toada. Se você vai ter o aumento de vários tributos, obviamente teremos uma carga maior incidente sobre o consumo, patrimônio e renda. Consequentemente, talvez, aumento no número de dias”, explicou. 

Olenike disse que o tradicional estudo do IBPT sobre o tempo que os brasileiros precisarão trabalhar para ficar quites com o poder público em 2024 ainda está em andamento. Ele lembra que o ICMS é o imposto estadual que incide sobre produtos e serviços e que o aumento da tributação levará a uma alta nos preços dos itens no comércio. 

A medida pressiona os preços para cima, trazendo a tão temida inflação, diz o economista Lucas Matos. “Isso acaba impactando na inflação, que acaba atingindo o bolso dos consumidores, da gente que vai de repente comprar arroz, feijão e o próprio combustível. A médio e longo prazo isso acaba sendo muito ruim para a população”, diz. 

Arte: Brasil 61

Justificativa

São dois os argumentos dos governadores para justificar a elevação das alíquotas de ICMS. O primeiro deles é a recomposição da receita que, segundo os chefes de Executivo, caiu após a aprovação de uma lei, em 2022, que limitava a 18% a cobrança do imposto estadual sobre bens considerados essenciais, como combustíveis, energia elétrica, transporte coletivo e comunicações. 

Olenike lembra que alguns estados cobravam alíquotas bem superiores a 18% sobre os bens essenciais. Como esses itens representam parte significativa da arrecadação estadual, os governadores alegam que a mudança reduziu a arrecadação. Segundo o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), a receita desses entes com ICMS caiu R$ 109 bilhões após a nova lei. 

O segundo argumento dos estados é um trecho do texto original da reforma tributária que previa que a arrecadação dos estados com ICMS entre 2024 e 2028 serviria como período de referência para o cálculo da fatia do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) a qual cada ente teria direito no novo sistema. 

Carla Beni, economista da Fundação Getulio Vargas, lembra, no entanto, que o dispositivo não consta no texto aprovado da reforma. “O texto foi sancionado e não consta esse dispositivo. O que nós temos agora é, literalmente, uma estrutura de muita confusão no meio de uma decisão que é, basicamente, fiscal e arrecadatória”, diz. 

Para João Olenike, presidente do IBPT, a justificativa dos estados para aumentar o imposto não tem fundamento, uma vez que a versão final da reforma excluiu o trecho. “Essa média dos quatro anos não foi aprovada. Caiu todo o argumento dos estados em relação a aumentar de novo a alíquota do ICMS para 2024. Agora, eles vão ter que dizer assim: “eu quero mesmo é arrecadar mais'”, afirma. 

No ano passado, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo chegaram a ensaiar a elevação das alíquotas de ICMS, mas recuaram. Outros, mesmo após a promulgação da reforma, mantiveram a decisão de majorar o imposto estadual. 

Na contramão

Levantamento do Brasil 61, a partir de dados do Comsefaz, aponta que um terço das unidades da federação manteve o patamar de ICMS observado em 2022, quando a lei que aprovou a limitação do imposto sobre bens essenciais foi aprovada. 

Confira os nove estados onde o ICMS não subiu nos últimos dois anos

  • Amapá – 18%
  • Espírito Santo – 17%
  • Minas Gerais – 18%
  • Mato Grosso do Sul – 17%
  • Mato Grosso – 17%
  • Rio Grande do Norte – 18%
  • Rio Grande do Sul – 17%
  • Santa Catarina – 17%
  • São Paulo – 18%

Corte de gastos deveria ser primeira opção

Lucas Matos diz que embora o aumento de ICMS pelos estados esteja dentro das regras, os governadores e deputados estaduais deveriam pensar em solucionar a demanda da população por serviços públicos através da redução de despesas e não do aumento de receitas. “É óbvio que não é a medida mais recomendada, porque a tributação no Brasil já é alta. Uma outra forma mais responsável de melhorar os cofres públicos seria no corte de gastos”, recomenda. 

Olenike diz, também, que o aumento do imposto não significará necessariamente o almejado crescimento das receitas desses entes. Como diz a expressão popular, “o tiro pode sair pela culatra”, uma vez que a elevação dos tributos pode desestimular o consumo e gerar efeito contrário ao esperado por governadores, avalia. 

“Se você está com 19% da sua alíquota e põe para 22%, quem é que vai pagar isso? Vai ter que ser embutido no preço do produto. E o produto ficando mais caro para o consumidor final, o que acontece? Existe uma retração do consumo. As pessoas não vão comprar ou vão comprar menos. Se elas não vão comprar ou vão comprar menos, diminui o faturamento das empresas, que é a base de ICMS. É uma cadeia”, explica. 

Já Carla Beni lembra que a demanda por alguns produtos é inelástica, o que significa que o consumo não cai na mesma proporção que o aumento no preço. É o caso de itens como os combustíveis. “Você pode fazer uma certa economia, mas dificilmente deixa de se deslocar. No caso dos combustíveis, o ICMS, por exemplo, acaba tendo um aumento de arrecadação. Há que se saber com relação aos outros itens se você vai conseguir ou não uma arrecadação no final, mas não é algo linear”. 

Ela ressalta que não existe uma relação direta entre aumento de imposto e aumento de arrecadação. 

Fonte: Brasil 61

Tags: BrasilEconomia
Post Anterior

Consórcio Brasil Central elege governador Caiado como novo presidente

Próximo Post

Bolsonaro e filhos anunciam live estratégica para eleições de 2024

Próximo Post

Bolsonaro e filhos anunciam live estratégica para eleições de 2024

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Recomendado

Polícia Militar apreende R$ 2 milhões em cigarros contrabandeados

5 anos atrás

Cerca de 1.200 acampados são levados à sede da Polícia Federal

2 anos atrás

Eleições 2022: presidenciáveis debatem propostas para setor de comércio e serviços em Brasília

3 anos atrás

Gabinete do primeiro-ministro de Israel reforça convite a Caiado para visita ao país

1 ano atrás

Siga-nos

Categorias

  • Agronegócio
  • Anápolis
  • Artigo
  • Bastidores de Anápolis
  • Brasil
  • Brasilia
  • Câmara do Deputados
  • Câmara Municipal
  • Centro de Idiomas
  • Cidades
  • Ciência e Tecnologia
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Enquete
  • Esporte
  • Geral
  • Goiânia
  • Goiás
  • Infraestrutura
  • Justiça
  • Mundo
  • Opinião
  • Polícia
  • Política
  • PRF
  • Procon
  • Publieditorial
  • Redes Sociais
  • Saúde
  • SEGURANÇA
  • Segurança eficiente
  • Tempo
  • Uncategorized
  • Zoonoses

Tópicos

Alego Amilton Filho Anápolis Artigo Bastidores de Anápolis Bolsonaro Brasil Brasilia Cidades covid-19 Câmara dos deputados Câmara Municipal Economia Educação Eleições Eleições 2024 Goiás Goiânia Gustavo Gayer Infraestrutura Jair Bolsonaro Lula Major Vitor Hugo Mundo Márcio Corrêa Noticias Rápidas Notícias Rápidas Opinião PL Politica Polícia Civil Polícia Militar Política PRF Procon Richelson Xavier Roberto Naves Ronaldo Caiado Saneago saúde Segurança STF VACINA COVID-19 Valdemar Costa Wilder Morais

Popular

  • Rejeição a Lula chega a 72,1% em Goiás

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Tweetar 0
  • Furto de cabos compromete serviços essenciais e poderá ter pena de até 8 anos de prisão

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Tweetar 0
  • Márcio Corrêa dispara contra adversários e celebra crescimento nas pesquisas

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Tweetar 0
  • Márcio Corrêa lança programa para detectar e tratar problemas de visão em alunos da rede municipal de Anápolis

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Tweetar 0
  • CONEBRA 2025: Maior evento de empreendedorismo do país promete gerar R$ 100 mi em negócios em Anápolis

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Tweetar 0

Portal Goiás Comunicação
CNPJ: 53.657.091/0001-07

Feito com Pyqui

Acesse sua Conta

Entre na sua conta abaixo

Esqueceu a senha?

Recupere sua senha

Digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.

Log In

Add New Playlist

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Início
  • Política
  • Economia
  • Esporte
  • Justiça
  • Goiás
  • Brasil

Portal Goiás © 2025