O atual governo só precisava de um motivo para aplicar as sanções que lhe fazem calar a oposição.

Por Glauber Erick

Brasília – É fato que os últimos acontecimentos aqui na capital chocaram o país. Atos de vandalismo em manifestações pacíficas são intoleráveis, àqueles que quebraram e depredaram patrimônio público devem ser responsabilizados e punidos. Entretanto, punir uma massa de pais e mães de família, que pacificamente expressavam seu posicionamento e exerciam seu direito constitucional, é imoral. Se isso não é ditadura, censura, não sei o que é mais.

A pergunta que me atormenta em toda essa situação é, onde estão os líderes da direita brasileira? Àqueles que diziam em lindos discursos no plenário, que defenderiam a nação a qualquer custo, que defenderiam a liberdade independente das consequências que isso lhes traria.

Sim, é muito conveniente fazer esse discursos quando a situação lhe é favorável. Esquecem que a direita não é o Bolsonaro, no qual se tornou um protagonista nos últimos anos com o famoso “Bolsonarismo”. Não tiro os seus méritos, pois foi um grande líder e trouxe de volta o senso de patriotismo, de liberdade e de direitos constitucionais.

Muitos parlamentares que surfaram na onda, muitos até que se diziam líderes – 01, 02, 03 – estão onde, estão fazendo o quê? São líderes do quê? Líderes porque foram nomeados, intitulados? Liderança se conquista, não sem impõe, e o que temos visto é que estamos órfãos de líderes de direita.

As ações dos manifestantes, em que as manchetes agora os generalizam como terroristas, tenho convicta certeza de que não foram iniciadas pelos homens e mulheres de bem, mas sim por infiltrados, que em um momento de fragilidade inflamaram essas pessoas idôneas acometidas por um sentimento de revolta provocado por ameaças e ativismo do judiciário.

Era isso que o atual governo queria, simplesmente uma desculpa, um motivo para aplicar as sanções que lhe fazem calar a oposição.

O movimento conservador vai muito além do “Bolsonarismo”, estamos vendo brasileiros e brasileiras sendo presos por omissão de um congresso que se acovarda com as manobras do judiciário e do executivo.

Eu sempre digo e repito, é necessário uma organização da direita, para que se faça uma oposição inteligente e eficiente.

Glauber Erick, 30 anos, casado, cristão protestante, formado em comunicação e marketing, habilitação em jornalismo e assessoria de imprensa. @glaubererick